quarta-feira, 26 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quero silêncio

Silêncio.
Silêncio, por favor. Psiu. Gritamos e colocamos janelas à prova de som, paredes almofadadas, tapetes, forros etc. O barulho de construção, de serra elétrica, de motores de carro, de buzinas -é o preço da modernidade, mas não é sobre isso que eu quero falar, e sim sobre o barulho humano de crianças e jovens.

Quero falar dos sons das gentes. Há anos, fala-se sobre a dificuldade de conciliar modernidade com ausência de silêncio e falta de espaço. Amplo espaço silencioso virou artigo de luxo.Contudo, tenho que confessar que somos nós, adultos, que liberamos e orquestramos esse inferno em que o barulho humano transformou o nosso mundo. Assentimos que ruídos ensurdecedores feitos por crianças, jovens e jovens adultos dominem.

Existem certos recintos que não conseguimos evitar, e, assim, ninguém consegue um encontro consigo mesmo, que sem silêncio é impossível.Nada contra a alegria e tudo contra o som pelo som, só para fazer companhia e evitar esse encontro. Musiquinha de fundo invade o planeta. Ficamos sem refúgio.

Solidão e silêncio viraram palavrão? Creiam-me, mesmo em hotéis grandões, é difícil encontrar lugar onde a criança entra sem fazer barulho. Só no bar, onde o escurinho à meia-luz é sinal, aliás o único respeitado pelas crianças. Em todos os lugares, seja ônibus, avião, lanchonete, cantina, somos envolvidos por gritos e por música, jamais por sussurros.

Como é que as crianças, as mesmas que gritam e galopam pelos corredores, conseguem manter-se em silêncio na missa, no culto, em enterros e em velórios? Como é que respeitam também o cinema? Pode parecer até que sou contra criança, mas não sou, não, pois acho que somos nós, os adultos, por temer o silêncio, que instigamos ou deixamos o barulho vingar em volta de nós. Quando vem uma ordem de silêncio pra valer, elas se calam e param de correr.

Vivemos um momento e em um universo em que a aversão ao silêncio não se manifesta só com música de fundo, com escapamento desregulado, com os motoqueiros, mas ainda nos damos ao luxo de liberar qualquer barulhento em qualquer lugar. O que aconteceria se, de repente, o silêncio caísse sobre nós?

Respondo: discursos interiores, voz da "consciência", emergiriam. Talvez sejamos todos culpados por maus pensamentos e/ou intenções, o que nos leva a viver em permanente esquiva de nós mesmos. Com a barulheira que nos rodeia, tornamo-nos surdos a nós mesmos. Parece que o lema atual é: evitar o silêncio é o dever de todos. Deseduquem-se os outros.

Silêncio é necessário para que se possa manter os homens como seres pensantes, criativos, dotados de memória e livres do excesso de estresse.Não quero que o silêncio só exista na calada da noite, no alto das montanhas, no ermo das matas. Quero-o no contato com as pessoas queridas, ricas e coloridas -meus semelhantes.

Não quero ser misantropa, quero ruído normal que me permita falar, sentir e pensar.


ANNA VERONICA MAUTNER, psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, é autora de "Cotidiano nas Entrelinhas" (ed. Ágora)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

“É simples, o segredo: só se vê bem com o coração.
o essencial é invisível para os olhos.”





(antoine de saint- exupéry)

domingo, 9 de novembro de 2008

O amor é assim:

Gostoso;

suave;

sutil;

sensível;

e sempre
vontade
de mais...
muito mais...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Until the End of The World

Até o fim do mundo, eu vou pra conseguir realizar, todos os meus sonhos;
Até o fim do mundo, eu vou por um grande e verdadeiro amor;
Até o fim do mundo, eu vou por acreditar na idealização de um projeto, um plano;
Até o fim do mundo, eu vou pelos meus amigos;
Até o fim do mundo, eu vou pela minha família;

Iria até o fim do mundo se nada do que tenho me bastasse.
Iria até o fim do mundo se eu não encontrasse tudo o que tenho aqui.


Até o fim do mundo eu iria por mim.

Até o fim do mundo eu iria por você.

Por nós dois.


"I reached out for the one I tried to destroy
You...you said you'd wait
'til the end of the world "